O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

divagações e problematizações

Por Fabio da Silva Barbosa

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Fico vendo as pessoas desesperadas, infelizes, amarguradas, mas sempre culpando aos outros e nunca olhando para si mesmo. Reproduzem conceitos, padrões e estereótipos que mantém tudo exatamente como está. Do alto de seus preconceitos se dizem cristãos. Falando de união julgam e oprimem. Não admitem nenhum certo que não seja o seu, ao mesmo tempo em que falam do direito de excluir, de usufruir privilégios, de manter tradições maléficas e peçonhentas. Uma argumentação distorcida. Imposição. Crendo na mentira e mentindo a verdade, olhando apenas os ângulos que são favoráveis. Acreditando na síndrome do arrebanhamento, vivem a esperar alguém que resolva seus problemas, que indique o caminho para o céu. De preferência um caminho fácil. Tudo bem facinho. O importante é como os outros vão ver. Aparência sempre. O conteúdo sendo substituído pela aparência, o profundo pelo superficial. A vaidade cegando. A mentira reinando. É a era artificial. Evolução do que? Tudo se convertendo em instrumentos de poder e se garantindo na visão limitada do cidadão de bem. Cidadão de bem ou que possui bens? Sempre foi considerado impossível imaginar o trem andando fora da linha. Mas “sejamos realistas, exijamos o impossível”. Buscam uma segurança inalcançável, realidades irreais. E onde estamos no meio de tudo isso? Estamos no meio disso tudo? Agimos e interagimos? Ou assistimos como a um filme esquemão? Criam meninas para serem princesas ao invés de guerreiras sedentas por justiça e dignidade. Que caia a nobreza! Falam de justiça, mas o que temos são os dentes das engrenagens a nos mastigar. Falam de escolhas, mas não temos opções de verdade. Você prefere merda mole ou merda dura? O ter vale mais que o ser, o objeto mais que a pessoa. Racional ou irracional? Matam-se pelo direito de ficarem trancados em seus carros, casas, apartamentos, quadrados, cárceres. Buscam a libertação através da posse e acabam possuídos pelo que pensam possuir. Pensar se torna errado, um ato infantil, ignóbil. O negócio é fazer de conta que pensa. Encher a cuca do considerado relevante e sair por aí vomitando bobagens. Como em um programa sensacionalista de televisão. Escola, trabalho, cemitério. Escola, trabalho, cemitério. Se alimente de lixo e assista televisão. Se informe de desinformação. Querem te ver focado na ilusão. Voltemos assim a questão da ilusão. O que é impossível? Continuar assim ou acreditar no que os iludidos chamam impossível. Impossível é continuar assim e ilusão achar que esse é o único caminho possível. Esse caminho sempre foi e está cada vez mais impossível. Consideremos e reconsideremos. Busquemos sempre novos rumos. O processo é contínuo.   

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