O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Bom dia


Por: Fabio da Silva Barbosa
 
Acordei com a cama se mexendo e sentindo algo estranho entre minhas pernas. Novamente dormi bêbada. Olhei discretamente as mãos que apertavam meus peitos. Não dava para tirar grandes conclusões apenas pelas mãos. Ainda mais no escuro. De qualquer forma, não parecia mão conhecida. Merda... Lá vem o idiota beijando meu pescoço. Ai... Que dor de cabeça... Melhor fechar os olhos para o infeliz não saber que estou acordada. Espera um pouco... O que é isso nas minhas costas? Peitos? Olhei melhor para as mãos e, mesmo naquela escuridão, pude perceber que estavam com as unhas pintadas.   
Comecei a virar lentamente e me deparei com uma linda mulher. Fui virando até me por de frente para ela. Senti seu pau saindo de minha boceta. Era um pau enorme. Olhei bem para aquele rosto (assim que desviei o olhar do cacete) e ela me beijou com calor. Depois de nos apertar e esfregar durante um tempo, olhei no fundo de seus olhos e perguntei:
- Mas... Quem é você?
Ela me largou e se levantou de um salto. Pude ver seu corpo por inteiro. Era o corpo feminino mais belo que já vi e nele se balançava um pau maravilhoso.
- Como assim?... Você não lembra? Não sabe quem sou?
Levantei a parte superior do meu corpo e tentei segurar o membro que parecia me olhar. Ela se afastou, se cobrindo com uma toalha que estava jogada por ali. Parecia uma donzela envergonhada. Fui me arrastando até a borda da cama e sentei.
- Calma... Me desculpa... Mas o que aconteceu ontem? Álcool? Drogas?   
- Não acredito nisso. Cachorra!!! Vadia!!! – Gritava, enquanto se arrumava.
- Por favor... Me entenda...
Ela acabou de se arrumar, já saindo pela porta. Os seios siliconados ainda estavam a mostra quando saiu rosnando. Caí de costas na cama e fiquei olhando para o teto.
- Quem será aquela criatura? ...
Apalpei uma carteira que estava abandonada no canto da cama. Era uma carteira feminina. Dentro haviam alguns papéis com números telefônicos anotados, algumas notas e um documento de identidade. Na foto, um homem de bigodes estava a me olhar. No meio daquela expressão máscula, pude reconhecer aquele rosto feminino que acabara de ir embora. Carlos Cleber Carmindo, era o nome dela. Pela data de nascimento tinha 43, assim como eu.
Abri os braços deixando a carteira e o documento se desprenderem de minhas mãos. Sempre gostei das minhas mãos. Achava que elas eram perfeitas. Voltei a fitar o teto. Eu não fazia a menor idéia de onde era aquele teto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário