O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO. SE DER CERTO,CONSEGUIREMOS CHEGAR A NOVOS LEITORES QUE JAMAIS CONHECERIAM NOSSO MATERIAL SE O PROMOVÊSSEMOS ISOLADAMENTE. E NA PIOR DAS HIPÓTESES, AO MENOS TEREMOS UMA DESCULPA PARA INSANAS FESTAS DE CONFRATERNIZAÇÃO E LANÇAMENTO DE ZINES. ENTÃO, MÃOS À OBRA. MISTURE-SE.

segunda-feira, 21 de março de 2011

KAIO BRUNO

Vai aí mais um trabalho de um mano que além de ser poeta é produtor cultural. Um cara foda com um senso estético filosófico poético muito intenso e visceral. Esse é o Kaio Bruno:

 ANTES DO OUTRO COMERCIAL

Sou um sono tumultuado
disposto pra vida
entregue pro mundo.

Libero meus monstros
em cinco ou quatro segundos.

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AME O PECADOR
Amam o pecado
e se esquecem
do pecador.

Amam os personagens
e se esquecem
do ator.

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INVENTEI OS DIAS
Mesmo triste
fui assim
paisagem gotejando alegria.

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SEGREDOS?
O sabor do álcool
afiou as lâminas
de todos os meus segredos.

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03
O tempo está passando
os dentes
começam a cair

Venha logo
me ver sorrir.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Abismo

Por: Nihildamus

Eis a atitude da natureza em resposta a exploração agressiva do homem sobre ela. A vida seguida sob as regras do capitalismo foi substituida pelo pânico exarcebado da população.
A fuga para uma área segura das catástrofes no planeta. Em breve será a única preocupação da humanidade.
O tudo benígno está chegando a um ponto que não suporta mais a ganância e a destruição da humanidade.
O tudo maligno, por sua vez, está chegando ao seu limite de depredação da natureza. Porque o homem não volta as raizes da boa agricultura? Porque não fabricar seu próprio alimento? O consumismo exacerbado deve ser freado até que voltemos a praticar o escambo. Um não convicto a exploração do petróleo para indústria automobilística. E, por fim, digo que a energia eólica é a melhor solução para a preservação do planeta.
A.M.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mais Alexandre Mendes

Brêiqui de Rullis
Por: Alexandre Mendes

   Acordou as três da manhã com o despertador, como era de costume. Mais um dia da mesma coisa na sua vida.
   As instruções de sua mulher:
. Coloque a marmita na geladeira, senão a maionese estraga e você vai ficar com fome.
. A blusa do uniforme está secando, atrás da geladeira. Passe-a, antes de sair.
. Me liga, na hora do almoço.
. Na volta, compre leite, biscoito e ração para os cachorros.
. Tenha um bom dia de trabalho.
                 _ Seguiu a risca, as ordens de sua patroa_
   Pegou a “lata de sardinha” até o Centro.
   As instruções do coletivo:
. Pague a passagem com trocado, pois o cobrador nunca tem troco a essa hora.
. Não fume no interior do coletivo.
. Não coloque o celular aos berros.
. Não roce nas mulheres, pois pode levar uma coça.
. Desça, somente, no ponto.
                 _Seguiu a risca, as regras do “catacorno”_
   Chegou ao trabalho atrasado, por causa do rotineiro engarrafamento.
   As instruções do seu patrão:
. Senta aqui e escuta o meu sermão do dia.
. Sorria sempre para as tarefas de adulto que lhe obrigamos a executar.
. Conforme-se com o salário de criança que nós lhe pagamos.
                 _Seguiu a risca, as instruções do patrão_ (e, também, da patroa e do coletivo, como era de costume.)
   Anos de mesmice depois... Bateu aquele tédio proibido em João Ninguém. O sentimento transformou-se em ódio, que descambou para a loucura...
   Acordou as três da manhã, com o despertador. Desligou o quadradinho e, só se levantou na hora em que se sentiu bem.
   Caminhou até o ponto do ônibus, comendo a marmita gelada. A blusa do uniforme, toda amarrotada e cagada de comida no corpo.
   Entrou no coletivo; deu um arroto e pulou a roleta: Levou um esporro do cobrador. Puxou 50 pratas do bolso e pagou a passagem, dizendo ao funcionário que ficasse com o troco. – Hoje, vamos quebrar a rotina!
   Cantarolou até a Central do Brasil, incomodando todos os passageiros. Resolveu acender um cigarro, bem no meio do salão. Foi severamente repreendido: apagaram o tabaco dele, na marra. Enquanto muitos, ainda falavam mal de sua mãe, resolveu roçar sua troçoba, nas nádegas de uma senhora recatada. Desceu fora do ponto, na altura da Praça XV, debaixo de uma saraivada de porradas.
   Chegou ao trabalho, com o uniforme amarrotado; ensangüentado e manchado de feijão. Estava, três horas, atrasado. Olhou para a cara feia do chefe e, antes que ele dissesse algo, pronunciou as palavras mágicas para a sua liberdade:
   - Vai tomar no núcleo do centro do olho do orifício do teu cú!!!
   Juntou seus trapos e foi embora mais cedo, para sempre.
  Caminhou de costas, até sua casa, cantando “Sociedade Alternativa”, de Raul Seixas, durante quatro horas.
  Passou na barraca e pediu ração, biscoito, leite e, ao invés de pagar, saiu correndo. Despejou os três alimentos na entrada do seu quintal. Misturou-os, com o pé descalço; agachou-se e, como um animal selvagem, alimentou-se.
CONCLUSÃO:
“O Ministério do Trabalho adverte: Nossas leis contêm substâncias tóxicas que podem levar ao adoecimento e a morte.”

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mais

Chegando mais alguma ligeiras colaborações. Texto de Alexandre Mendes e ilustrações de Ivan Silva.


Se meu sapato falasse
Por: Alexandre Mendes


Fitzgerald
HommerSimpson
CaetanoBuarqueVeloChic
JoaquimJosédaSilvaXavierJúnior
AdãoJoséJesusBarnabéSauloPauloNoé
EçaBarretoLimaBaruckCésarSomozaFranco
GhandiSandyXandeMarroneBradJeromeJimiCliff
EuAquiVocêAquiTodosAquiSóQueEstamosIlegíveis


quinta-feira, 3 de março de 2011

FECHANDO O ZINE

Prezadíssimos colegas,
creio que é chegada a hora de fechar o nosso zine e iniciar os trabalhos de edição.
Vamos dar um prazo final até a semana após o carnaval, por volta do dia 14, para quem ainda quiser enviar alguma coisa.
Quem não conseguir enviar a tempo, não tem problema, pois se depender de mim, haverá uma 2ª edição.
Até o momento, temos aproximadamente 40 páginas, na minha opinião, de excepcional qualidade. Um material bem diversificado, de variados estilos.
E assim vamos caminhando sobre pedras e nuvens. Em meio ao caos, uma idéia vai virando realidade.